Reuters
08/07/2001 - 21h03

Croácia enfrenta crise após decidir entregar suspeitos

da Reuters, em Zagreb (Croácia)

O governo reformista da Croácia enfrenta a mais séria crise em seus 18 meses no poder depois da renúncia de quatro ministros por causa da decisão de entregar dois cidadãos indiciados pelo tribunal de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU).

O primeiro-ministro, Ivica Racan, pediu formalmente um voto de confiança do Parlamento depois que seus principais parceiros na coalizão - os social-liberais (HSLS) - disseram que não apoiariam a cooperação do governo com o tribunal de Haia. O voto não deve ocorrer antes de 15 de julho.

Segundo a imprensa croata, os dois processados são o general do Exército Rahim Ademi e o general aposentado Ante Gotovina, ambos considerados heróis da guerra de independência da Croácia (1991-1995) contra rebeldes da minoria sérvia apoiada pelo Exército iugoslavo.

O líder do HSLS, Drazen Budisa, diz que o processo implica que as ofensivas da Croácia em 1995, que libertaram a maior parte do país, foram uma tentativa organizada de exterminar 150 mil sérvios, acusação difícil de ser aceita em um país onde muitos percebem os croatas como as vítimas da guerra.
 

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