Reuters
23/02/2004 - 07h40

Angola incentiva construção de hotéis e quer virar destino turístico

da Reuters

Há quase dois anos em paz, Angola está tentando restaurar sua beleza natural na esperança de atrair turistas de volta, apesar das marcas das balas nos prédios, das áreas minadas e da infra-estrutura arruinada.

"Angola tem um tremendo potencial", diz Januario Marro, diretor nacional de turismo. "Não podemos ser só óleo e diamantes. Temos de diversificar a economia para criar empregos, gerar receita e melhorar a vida das pessoas."

Pelas cifras oficiais, entraram 90 mil turistas no país em 2002 e cerca de 45 mil em 1999. O processo de obtenção de visto é cansativo, e os vôos para o país são caros.

O governo está dando incentivos para investimentos no setor. Nos próximos seis anos devem ser construídos vários hotéis cinco estrelas em Luanda, a capital.

O Parque Nacional Kissama tem 9.960 m2 de uma vegetação propícia para abrigar grande variedade de espécies selvagens. Mas o local decepciona os turistas. Projetos de quatro parques nacionais na fronteira devem melhorar a biodiversidade. Uma noite num bangalô no Kissam custa cerca de US$ 80, num país cuja população vive com menos de US$ 1 por dia.

Em Luanda exemplos da bela arquitetura portuguesa viraram relíquias decrépitas. A capital pode ser vislumbrada de um forte do século 17, que parecia novo há 20 anos, mas hoje está em péssimo estado. Mas a baía da cidade, banhada pelo Atlântico, tem potencial para receber cruzeiros marítimos e casais em lua-de-mel.
 

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