Reuters
03/05/2004 - 05h29

Papa pede que Europa expandida adote cristianismo em sua Carta

da Reuters

No último dia de comemorações da expansão da União Européia, o papa João Paulo 2º deu as boas-vindas aos dez novos membros do bloco, mas disse que ele só poderá enfrentar os desafios do século 21 se os dez países defenderem suas raízes cristãs.

O papa, que nasceu na Polônia --um dos dez países que passaram a fazer parte da UE no sábado--, falou a uma multidão na praça de São Pedro e afirmou que a identidade da Europa seria "incompreensível sem o cristianismo". "Somente uma Europa que não remova, mas que redescubra as raízes de Cristo vai alcançar o status necessário para os grandes desafios do terceiro milênio: a paz, o diálogo entre as culturas e as religiões e o salvaguarda da criação." Ele insistiu que o bloco adotasse o cristianismo em sua Constituição, apesar de haver uma resistência por partes de países mais seculares, como a França.

Líderes da UE temem ofender a Turquia, um país majoritariamente muçulmano, que quer aderir ao bloco, mas enfrenta restrições. Países mais católicos como Irlanda, Polônia e Itália são a favor da inclusão de menção ao cristianismo na Constituição européia, sendo discutida e que pode ser finalizada ainda neste ano.

Em um sinal de uma crescente preocupação com a secularização da sociedade, o papa advertiu 26 novos padres que seria difícil convencer as pessoas de que Deus ainda era importante em um mundo material. "Vocês estão se tornando padres em uma época em que, mesmo aqui em Roma, tendências culturais fortes parecem querer que as pessoas esqueçam Deus."
 

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