Chanceler da UE se opõe à conferência de paz para os Bálcãs
da Reuters, em BruxelasO coordenador da área de assuntos internacionais da Comissão Européia, Chris Patten, afirmou hoje que se opõe à realização de uma "grande" conferência para discutir os problemas que atingem os Bálcãs. Para ele, a melhor medida para a região é o fortalecimento lento das instituições.
"Alguns acreditam que os problemas da região podem ser resolvidos por meio de uma grande conferência e umas pitadas de rearranjo cartográfico, algo como um Congresso de Berlim", disse, referindo-se à cúpula de 1878, que redesenhou as fronteiras dos Bálcãs. "Não acho que esse seja um argumento persuasivo. A resposta para os problemas da região está em governos mais esclarecidos, não em mapeamentos mais inspirados", afirmou.
Patten afirmou que a Comissão Européia, que corresponde ao Executivo da UE, está pronta para enviar mais ajuda à Macedônia caso um acordo de paz seja firmado.
Segundo ele, a Comissão Européia dará início a negociações com a Sérvia no final deste mês.
Os moradores da região de origem albanesa querem uma conferência internacional de paz. No entanto, o eslavos macedônios, maioria étnica do país, temem que a participação da UE e dos EUA nessa conferência sirva para dar vazão aos projetos separatistas dos albaneses.
Patten também aproveitou a oportunidade para descartar, pelo menos por enquanto, uma decisão sobre o futuro de Kosovo, província iugoslava de maioria albanesa atualmente sob controle de organismos internacionais.