Reuters
10/07/2001 - 14h36

Ex-ditador argentino é indiciado por abuso de direitos humanos

da Reuters, em Buenos Aires

O ex-ditador argentino, Jorge Videla, foi indiciado hoje por supostamente ter tomado parte nos planos dos governos sul-americanos nas décadas de 70 e 80 para matar opositores de esquerda.

O juiz Rodolfo Canicoba Corral decretou ainda o congelamento de US$ 1 milhão de Videla.

Videla, que cumpre prisão domiciliar pelo sequestro de bebês cujos pais desapareceram durante o regime militar da Argentina, foi o primeiro homem a liderar a junta militar do país depois do golpe de Estado em 1976.

O governo militar, à frente da Argentina até 1983, é acusado de matar por volta de 30 mil pessoas numa "guerra suja" contra opositores.

Videla é acusado de unir forças com os regimes militares na Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai nos anos 1970 e 1980 para perseguir e matar opositores políticos no plano conhecido como Operação Condor.

Os comandantes das juntas militares, incluindo Videla, foram presos por cinco anos por causa de abuso dos direitos humanos, até que fosse decretada a anistia em 1990.

As investigações de Canicoba Corral também decretaram um mandato internacional para o ex-ditador militar do Paraguai, general Alfredo Stroessner, hoje exilado no Brasil.
 

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