Robôs preparam restos do submarino Kursk para resgate
da Reuters, na RússiaRobôs começaram hoje um trabalho de limpar do fundo do mar partes do submarino nuclear russo Kursk, marcando o início de uma operação de dois meses para resgatar a embarcação.
Doze barcos navegam pelas águas do Mar de Barents, sobre o Kursk, que afundou em agosto do ano passado junto com a tripulação de 118 pessoas.
Em comunicação feita por meio de rádios de navio, autoridades russas disseram a jornalistas que uma equipe de mergulhadores internacional faria o possível para remover os restos do navio das águas árticas, utilizando-se de um equipamento movido por controle remoto.
"No momento, não há necessidade de os mergulhadores irem para a água devido ao equipamento especial de limpeza, que pode fazer esse trabalho por eles", disse o vice-almirante Mikhail Motsak, que coordena a operação do navio de guerra Severomorsk.
Quando o processo de limpeza estiver completo, o navio Mayo e sua equipe de 25 mergulhadores irão deslocar-se, na quinta-feira (19), para o porto norueguês de Kirkenes para repor o equipamento de limpeza com ferramentas para corte.
O Kursk afundou em 12 de agosto, depois de uma série de explosões que, segundo oficiais russos, aparentavam ter sido causadas por uma inexplicável explosão de um torpedo. Eles disseram que o navio não carregava armas nucleares e que seus reatores nucleares foram desligados para evitar vazamentos.
"Temos feitos monitoração constante de radiação e tudo está normal", afirmou Motsak.
Grupos ambientalistas, contudo, se preocupam com a missão de resgate e pediram a autoridades russas para que enterrem o Kursk em concreto e deixem-no no fundo do mar.
A Rússia tem contrato com as empresas holandesas Mammoet e Smit International para resgatar o submarino, que está a cem metros de profundidade.
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