Reuters
17/07/2001 - 16h59

Aparelho de sucção estimula o crescimento dos seios

da Reuters, em Los Angeles (EUA)

As mulheres ansiosas por seios maiores têm uma alternativa aos implantes cirúrgicos, um aparelho formado por um par de cones que usa sucção para estimular o crescimento celular.

Segundo a American Society of Aesthetic Plastic Surgery, o número anual de cirurgias para aumento da mama dobrou desde 1997, ultrapassando 203 mil no ano 2000.

O novo aparelho, conhecido como Brava, consiste em cones com bordas plásticas ajustados sob um sutiã grande que deve ser usado, no mínimo, por dez horas diárias, durante dez semanas.

Para alguns médicos ainda há dúvidas sobre a durabilidade do tecido mamário produzido pelo novo sistema.

Em um estudo inicial, 200 mulheres usaram o aparelho associado a um sutiã, informou a empresa de Miami que desenvolveu e comercializa o sistema. Segundo a Brava LLC, a idéia de usar tensão para estimular crescimento de tecido não é nova, mas esta é a primeira vez que é usada para aumentar os seios.

Após ser colocado, o sistema é conectado a uma máquina que retira o ar dos cones e puxa o tecido da mama. Para Richard Fleming, cirurgião plástico de Beverly Hills, além de evitar a dor e as complicações da cirurgia, o custo estimado do aparelho é de US$ 2.000 a US$ 2.500, enquanto os implantes custam entre US$ 5.000 e US$ 6.000.

Os cirurgiões estimam que 20 milhões de norte-americanas gostariam de aumentar o tamanho da mama, mas uma pequena porcentagem se submeteria à cirurgia.

"Quantas mulheres realmente querem usar um aparelho de sucção por, no mínimo, dez horas diárias durante 10 semanas?", argumentou Robert Greenberg, ex-presidente da Sociedade de Cirurgiões Plásticos da Califórnia. Para o especialista, o sistema Brava oferece apenas um pequeno crescimento. "Ainda deve ser verificado se o aumento da mama será duradouro."

No início da década de 90, centenas de processos judiciais foram movidos contra fabricantes de gel de silicone por mulheres que alegavam que o implante era suscetível a rompimento e aumentava o risco de doenças crônicas.

A FDA (agência norte-americana para controle de drogas e alimentos) proibiu os implantes de silicone para a maioria das mulheres, em 1992. Agora, o uso está restrito à reconstrução após cirurgia para tratamento de câncer de mama.

Atualmente, as mulheres recebem implante salino, armações de silicone recheadas com água salgada esterilizada, enquanto outros tipos de prótese estão sendo testados.

A porta-voz da Brava informou que a FDA revisou as normas de segurança e a efetividade do sistema, mas decidiu não regulamentá-lo.
 

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