Reuters
18/07/2001 - 17h52

Putin diz que nada poderia ter salvo tripulação do Kursk

da Reuters, em Moscou

À medida em que robôs terminavam hoje a tarefa de ajustar os destroços do submarino russo Kursk, o presidente russo, Vladimir Putin, dizia que nada mais poderia ter sido feito há um ano para salvar os 118 tripulantes que morreram após a submersão do submarino.

A operação de dois meses para retirar o submarino nuclear do fundo do Mar Barents começou nesta semana com a ajuda de uma equipe internacional de mergulho e um barco de suporte de alta tecnologia.

O Kursk afundou em 12 de agosto do ano passado após uma série de explosões a bordo ainda não explicadas.

Oficiais russos, em especial Putin, foram criticados pelo que pareceu ser um resposta irresoluta para o desastre. Inicialmente oficiais surgiram com relatórios contraditórios acerca da tentativa de resgate, e Putin hesitou em interromper um feriado para tomar as medidas necessárias. Passaram-se dias até que a Rússia solicitasse ajuda internacional.

Mas Putin disse hoje que nada a não ser um projeto de submarino diferente poderia fazer alguma diferença.

"O que tínhamos à disposição naquele momento foi usado. Mesmo se tivéssemos usado todos os meios existentes e se no primeiro instante tivéssemos pedido ajuda, tudo isso teria sido tarde demais", disse Putin.

"Poderíamos ter demonstrado mais zelo, mas infelizmente não teria mudado na essência o que aconteceu."

Putin prometeu a parentes dos tripulantes que o Kursk será removido do fundo do mar neste ano, a qualquer custo, para permitir que os corpos sejam enterrados com dignidade. Apenas 12 corpos foram resgatados no ano passado.

"Prometo emergir o submarino", disse o presidente russo. "Se dizemos que isso deve ser feito, é muito importante para o Estado e sociedade que isso seja realmente feito."

Alguns grupos ambientalistas dizem que haveria um risco menor se isolassem o Kursk com seus reatores nucleares sob uma estrutura concreta no fundo do mar. Mas Moscou diz que é mais seguro rebocar o submarino para terra firme e depois desarmar seus reatores.

Leia mais sobre o acidente com o submarino russo

 

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