Cúmplice em assassinato de Yitzhak Rabin tem pena reduzida
da Reuters, em JerusalémO povo de Israel reagiu com indignação hoje ao anúncio do presidente Moshe Katzav de reduzir a sentença de uma colona judia que não impediu seu amigo de assassinar o premiê Yitzhak Rabin, em 1995.
Críticos acusaram Katzav de alimentar a causa de extremistas judeus ao diminuir em um terço a pena de nove meses de Margalit Har-Shefi.
France Presse - 13.set.1993 |
Yitzhak Rabin, premiê de Israel assassinado em 1995 |
A decisão de ontem fez reviverem as divisões em Israel sobre o assassinato. Os defensores ultra-direitistas de Har-Shefi insistem que é comum e apropriado diminuir a pena de um prisioneiro por bom-compartamento.
Aos 26 anos, a moça, que é religiosa e morava na Cisjordânia, será libertada em 10 de agosto, três meses antes do previsto. Amir recebeu a prisão perpétua pelo assassinato de Rabin em 4 de novembro de 1995.
O ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, membro do Partido Trabalhista, de esquerda, disse que um arrepio subiu por seu corpo quando soube da decisão do presidente. "Disse para mim mesmo, como pode acontecer isso com alguém que nem expressou arrependimento", disse Ben-Eliezer.
Katzav defendeu sua decisão e afirmou que ela foi tomada, em parte, por sua crença de que isto ajudaria a unir o país contra o assassinato.
Dalia Rabin-Pelossof, filha de Rabin e vice-ministra da Defesa, disse que a decisão trouxe à tona a lacuna que existe entre a direita e a esquerda em seu país.