Reuters
19/07/2001 - 12h13

Cúmplice em assassinato de Yitzhak Rabin tem pena reduzida

da Reuters, em Jerusalém

O povo de Israel reagiu com indignação hoje ao anúncio do presidente Moshe Katzav de reduzir a sentença de uma colona judia que não impediu seu amigo de assassinar o premiê Yitzhak Rabin, em 1995.

Críticos acusaram Katzav de alimentar a causa de extremistas judeus ao diminuir em um terço a pena de nove meses de Margalit Har-Shefi.

France Presse - 13.set.1993
Yitzhak Rabin, premiê de Israel assassinado em 1995
Em 1998, um tribunal decidiu que Har-Shefi sabia que Yigal Amir, seu colega em uma universidade judaica, vinha seguindo Rabin e que estava determinado a matá-lo para prevenir a transferência de terras na Cisjordânia para o controle palestino.

A decisão de ontem fez reviverem as divisões em Israel sobre o assassinato. Os defensores ultra-direitistas de Har-Shefi insistem que é comum e apropriado diminuir a pena de um prisioneiro por bom-compartamento.

Aos 26 anos, a moça, que é religiosa e morava na Cisjordânia, será libertada em 10 de agosto, três meses antes do previsto. Amir recebeu a prisão perpétua pelo assassinato de Rabin em 4 de novembro de 1995.

O ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, membro do Partido Trabalhista, de esquerda, disse que um arrepio subiu por seu corpo quando soube da decisão do presidente. "Disse para mim mesmo, como pode acontecer isso com alguém que nem expressou arrependimento", disse Ben-Eliezer.

Katzav defendeu sua decisão e afirmou que ela foi tomada, em parte, por sua crença de que isto ajudaria a unir o país contra o assassinato.

Dalia Rabin-Pelossof, filha de Rabin e vice-ministra da Defesa, disse que a decisão trouxe à tona a lacuna que existe entre a direita e a esquerda em seu país.
 

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