Reuters
24/07/2001 - 11h28

É seguro trazer submarino Kursk à tona, diz especialista russo

da Reuters, em Moscou

Especialistas nucleares da Rússia descartaram hoje a possibilidade de o içamento do submarino Kursk do fundo do mar provocar um acidente ambiental, afirmando que não havia vazamento de radiação.

O Kursk afundou no mar de Barents depois de uma explosão de causa ainda desconhecida, matando os 118 tripulantes a bordo. O acidente aconteceu em agosto passado.

No domingo (22), mergulhadores começaram a fazer buracos no casco da embarcação para fixar cabos que serão usados para levar o submarino para a superfície.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu içar a embarcação, recuperar os corpos dos tripulantes e livrar-se dos reatores nucleares a bordo. Mas alguns ambientalistas afirmam que lacrar os reatores no fundo do mar seria mais seguro.

O vice-presidente do Instituto Kurchatov, Nikolai Ponomaryev-Stepnoi, disse, porém, que testes realizados depois do acidente mostravam que os reatores haviam sido desativados e que não houve vazamentos de radiação.

O instituto é um dos principais laboratórios nucleares da Rússia.

"Realizamos todo o trabalho de preparação e analisamos todas as situações possíveis de acontecer durante o içamento, transporte e atracamento do submarino", afirmou o vice-presidente do Kurchatov.

"Ao lado do projetista-chefe, concluímos que não apenas na situação esperada, mas em caso de qualquer imprevisto, o reator continuaria no mesmo estado."

O mar de Barents é uma das reservas mais importantes de pesca do mundo e qualquer vazamento de radiação ali seria devastador.

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