Reuters
14/08/2001 - 16h39

"Dona Flor" volta às telas em setembro com versão não-censurada

da Reuters, em Brasília

A versão para o cinema do romance "Dona Flor e seus Dois Maridos", baseada na obra do escritor Jorge Amado, morto no dia 6 de agosto, voltará às telas de cinema do Brasil com cenas adicionais, que haviam sido censuradas em seu lançamento em 1978, informou a imprensa na terça-feira.

O filme que lançou a carreira internacional da atriz Sonia Braga terá sua reestréia em setembro com dez minutos a mais que a versão original, segundo a edição eletrônica do "Jornal da Tarde".

O produtor do filme, Luiz Carlos Barreto, disse que a reestréia, no festival de cinema do Rio de Janeiro, será também uma homenagem a Jorge Amado, que morreu na semana passada quatro dias antes de completar 89 anos de idade.

Depois do festival, 70 cópias do filme serão distribuídas para exibição comercial nos cinemas brasileiros.

Barreto disse que as imagens censuradas durante O regime militar (1964-85) são cenas de sexo, com Vadinho (José Wilker) nu na cama.

O filme estabeleceu, na época de seu lançamento, marcas que nunca chegaram a ser superadas no cinema nacional, com 12 milhões de espectadores.

Mas a bilheteria não foi o único recorde do filme. Barreto endividou-se para bancar a produção de seu filho Bruno, de US$ 650 mil, um assombro para a época.

O diretor Bruno Barreto ("O Que é Isso, Companheiro?", "Bossa Nova") tinha então 21 anos e pouca experiência, o que não o impediu de fazer diversas exigências técnicas.

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