Reuters
21/08/2001 - 16h15

Coronel acusado de crimes na Bósnia diz que é inocente

da Reuters, em Haia (Holanda)

Um oficial do Exército sérvio da Bósnia esteve hoje no tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas), em Haia, e negou ter matado muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995, no pior massacre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

O tenente-coronel Dragan Jokic, 43, que se entregou ao tribunal na semana passada, disse ser inocente de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Em 1995, Jokic era comandante de uma brigada de engenharia nos arredores de Srebrenica, cidade de maioria muçulmana, que estava sob proteção da ONU, mas foi invadida pelos sérvios. Em julho daquele ano, cerca de 8.000 homens e meninos foram sequestrados e supostamente mortos, cuja maioria dos corpos foram encontrados em valas comuns.

"Entre 11 de julho e 1º de novembro de 1995, Jokic planejou, instigou, ordenou, cometeu ou de alguma forma ajudou e encorajou o planejamento, preparação e exercício da execução em massa e enterro de milhares de homens e meninos muçulmanos da Bósnia", diz o texto do indiciamento.

O general sérvio-bósnio Radislav Krstic já foi condenado por genocídio nesse caso, e está preso pela ONU nos arredores de Haia, junto com Jokic.

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