Grupos árabes atacam EUA por boicote à cúpula sobre racismo
da Reuters, em Durban (África do Sul)Grupos de combate ao racismo criticaram hoje a decisão dos Estados Unidos de não enviar seu secretário de Estado, Colin Powell, à conferência da (ONU) sobre o racismo, em Durban (África do Sul), que começa na próxima sexta-feira (31).
Eles se reuniram num encontro para discutir a decisão dos EUA. Os países árabes e islâmicos mobilizam-se para tachar Israel de "racista" e para igualar o sionismo ao racismo, posição atacada pelos EUA.
"A natureza exata e o nível de nossa representação, se houver alguma, não está clara", disse Richard Boucher, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
"É uma clara mensagem política de que os EUA estão insistindo em mostrar que não estão do lado dos defensores dos direitos humanos. Isso vai fazer com que a conferência fique mais fácil. Normalmente os norte-americanos é que são o obstáculo para acordos sobre direitos humanos", disse Shaqi Issa, porta-voz do bloco árabe de ONGs (organizações não-governamentais) no encontro.
Os EUA ameaçaram boicotar a conferência, que, segundo seus organizadores, deveria se revelar em um momento decisivo da luta contra o racismo em todo o mundo.
O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou na sexta-feira (24) que seu país não compareceria ao encontro, a ser realizado em Durban (África do Sul), se os participantes dele atacassem Israel.
Um projeto de declaração elaborado pelos 7.000 delegados do encontro de entidades não-governamentais pediu que a ONU aceitasse o fato de que Israel era um Estado "discriminatório" e de que os palestinos tinham o direito de resistir à "ocupação por todos os meios".
O documento também pediu que Israel pague indenizações para os palestinos.
Grupos pró-Israel criticaram a proposta do Fórum ONG e acusaram as entidades de tentar transformar a conferência sobre racismo em uma conferência sobre o Estado judaico.
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