Reuters
29/08/2001 - 20h07

ONU dá liberdade provisória a sérvia acusada de genocídio

da Reuters, em Haia

A ex-líder bósnia Biljana Plavsic, de origem sérvia, será libertada do centro de detenção da ONU (Organização das Nações Unidas) para esperar nos Bálcãs pelo julgamento em Haia, na Holanda.

Plavsic, 71, acusada de genocídio, é a única mulher sob custódia da ONU em Haia e a quarta pessoa a conseguir liberdade temporária do centro que mantém dezenas de suspeitos de crimes de guerra, inclusive o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic.

A Sérvia e Bósnia ofereceram garantias de segurança a Plavsic até o julgamento, que deverá começar no próximo ano.

Plavsic, que se entregou em janeiro e passou a cooperar com os procuradores, é acusada de genocídio, crimes contra a humanidade e violações de leis de guerra. Ela fazia parte da liderança sérvio-bósnia durante a guerra nos Bálcãs (1992-1995).

"Ela será libertada e residirá na Sérvia", disse o juiz Richard May, em sessão com presença da procuradora-chefe da ONU, Carla del Ponte, e representantes do governo sérvio.

Plavsic, que se manteve impassível durante o pré-julgamento, será libertada o mais breve possível, disse o juiz. Ela alegou inocência em todas as acusações.

Plavsic é acusada de ter feito parte da liderança da ação de limpeza étnica contra muçulmanos e croatas. Durante a campanha, homens, mulheres e crianças foram mortos ou detidos em campos de concentração, diz o processo.

A defesa alega que Plavsic deveria ser libertada por ter-se entregado e não ser mais uma líder política.

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