Reuters
31/08/2001 - 20h12

Instituto sueco quer compartilhar seu estoque de células-tronco

da Reuters, em Estocolmo

O Instituto Karolinska, na Suécia, informou ontem que está pronto para compartilhar seu crescente número de linhagens de células-tronco embrionárias com cientistas de todo o mundo.

"Queremos cooperar com todo o mundo", disse o professor Lars Ahrlund-Richter durante uma coletiva de imprensa no centro de pesquisa clínica do Hospital Universitário Huddinge do instituto.

As células-tronco podem formar uma variedade de células no corpo humano. As controversas linhagens de células-tronco embrionárias consistem em culturas derivadas de um único embrião.

Mas o professor Bo Angelin, diretor de pesquisa do Instituto Karolinska, insistiu que as linhagens de células-tronco do instituto não serão postas à venda.

"Nunca poderá ser permitido que elas se tornem uma mercadoria negociável", disse Angelin.

A legislação sueca nesse campo relativamente novo está sendo atualizada, e Ahrlund-Richter disse que questões como a posse das linhagens de células-tronco humanas suecas ainda não são claras. Alguns aspectos, no entanto, não são negociáveis.

"Não devemos vender as células suecas. As células exportadas (para pesquisas em outros países) também não podem ser vendidas", disse ele.

Os cientistas acreditam que a pesquisa com células-tronco pode levar a novas formas de tratamentos de muitas doenças graves sem cura atualmente.

O Instituto Karolinska está entre os dez laboratórios mundiais que possuem as 64 linhagens de células-tronco que são adequadas para pesquisas financiadas pelo governo dos EUA, segundo anúncio das autoridades norte-americanas feito na segunda-feira.

O instituto e a Universidade de Goteborg, também na Suécia, possuem 19 linhagens de células-tronco e estão discutindo um esquema de financiamento e cooperação proposto pelos EUA, disse Angelin, indicando que os suecos poderiam aceitar os termos da cooperação.
 

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