Israel não quer se ver como centro da cúpula sobre racismo
da Reuters, em JerusalémA recente campanha árabe para igualar o sionismo ao racismo enfureceu Israel e trouxe à tona um assunto que sempre se mostrou uma pedra no sapato do Estado judaico.
Mas a pressão exercida pelos israelenses e pelos norte-americanos, que incluiu a ameaça de boicote à Conferência Mundial sobre o Racismo, iniciada na última sexta-feira, pode ter afastado a questão polêmica da agenda do encontro.
Após 11 meses do início do levante palestino contra a ocupação israelense, os Estados árabes, liderados pela Síria e pelo Egito, fazem campanha a fim de que a conferência aprove textos que identifiquem Israel como uma potência racista que nega direitos básicos aos palestinos.
O encontro, que ocorre em Durban (África do Sul) sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU), provoca polêmica. Ao menos 20 mil manifestantes muçulmanos foram às ruas da Cidade do Cabo, África do Sul, para protestar contra Israel e os EUA.
``O sistema institucionalizado em Israel de discriminação racial, colonialismo e apartheid está desestabilizando toda a região e impõe uma das maiores ameaças à paz e à segurança mundiais'', afirmaram organizações não-governamentais palestinas em um comunicado divulgado em Durban.
Israel e o mundo judaico acusam os Estados árabes de usar o fórum como um instrumento para defender a causa palestina e para expor rancores que, segundo argumentam, distorcem a verdade, afastam-se dos objetivos do encontro e ignoram a realidade de outros países.
Os Estados árabes também se encontram por trás da campanha para que o Holocausto, palavra normalmente grafada com maiúscula para referir-se à campanha antijudaica da Alemanha nazista, seja escrito com um ``h'' minúsculo e inserido no contexto de outros crimes impostos a outros povos.
Israel sustenta que o assassinato de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial não tem comparação.
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