Reuters
14/09/2001 - 14h55

Ataques contra os EUA podem ter custado pouco

da Reuters, em Sydney (Austrália)

O custo do pior ataque ocorrido em solo norte-americano desde Pearl Harbor provavelmente é menor do que muitas pessoas imaginam, segundo analistas.

A rota percorrida pelo dinheiro que pagou a conta dos ataques pode ter se mantido dentro de esquemas tradicionais de lavagem de dinheiro, com a passagem dos fundos por paraísos fiscais.

"Seriam necessários cerca de US$ 1 milhão para sustentar 50 pessoas durante 12 meses", disse um advogado australiano que investigou a transferência de dinheiro para grupos militantes, que não quis ter sua identidade revelada. Acredita-se que os terroristas tenham vivido um tempo no país durante o qual teriam feito, inclusive, cursos de pilotagem, antes dos ataques.

Os terroristas que jogaram os aviões de passageiros sequestrados contra o World Trade Center e o Pentágono estavam armados com pequenas facas. "Uma grande soma de dinheiro só seria necessária para a obtenção, por exemplo, de uma arma nuclear de pequeno porte", disse o advogado.

Especialistas em criminologia acreditam que as investigações sobre os ataques concentrem-se no caminho percorrido pelo dinheiro que custeou a operação.

A Força-Tarefa Ação Financeira, um grupo com base em Paris, possui uma lista de países onde ocorreria lavagem de dinheiro. Entre os países estão a Ucrânia, Rússia, vários países caribenhos e do sul da Ásia, Egito, Guatemala, Hungria, Indonésia, Israel, Líbano, Mianmar e Nigéria.

A força-tarefa foi criada pelo G7 (grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo) e conta com o apoio de 30 países industrializados.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

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