Esforços no corte de emissão de gases podem diminuir sem os EUA
da Reuters, em Oslo (Noruega)O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, afirmou hoje que seu país e outras nações do mundo iriam diminuir o ritmo dos trabalhos para combater o aquecimento global se os EUA continuarem a se recusar a aderir ao acordo de Kyoto.
"O principal é chegarmos a tratados internacionais que todos respeitem", afirmou o premiê à rádio NRK, acrescentando que a rejeição dos EUA "torna mais difícil o trabalho na Noruega e em outros países".
A União Européia declarou que, mesmo sem os EUA, levará adiante a implementação das metas fixadas em Kyoto, Japão, prevendo o corte na emissão de gases que provocam o efeito estufa, fenômeno responsável pelo aquecimento do planeta.
A Noruega, que não integra o bloco europeu, é o principal país exportador de petróleo do mundo que não integra a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Questionado sobre se a recusa dos EUA faria com que o governo norueguês brecasse seus esforços de cortar as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, Stoltenberg afirmou: "É claro que isso irá diminuir o ritmo de nossas ações. É importante que os norte-americanos integrem-se aos esforços mundiais".
O premiê afirmou que as empresas norueguesas se tornariam menos competitivas se o presidente dos EUA, George W. Bush, insistir com sua decisão de abandonar os pacto assinado em Kyoto em 1997.
Um porta-voz de Stoltenberg não quis comentar boatos de que a Noruega iria também abandonar a promessa feita em Kyoto de não elevar a emissão de gases do efeito estufa em mais de 2% entre 1990 e 2008/2012.