Número de desaparecidos no WTC sobe para 4.972

da Reuters, em Nova York

Enquanto o número de pessoas que se acredita terem sido soterradas sob 450 mil toneladas de destroços do World Trade Center sobe para 4.972, as autoridades de Nova York dizem que vão levar adiante a busca por sobreviventes, três dias depois da última pessoa ser retirada dos escombros com vida.

Os integrantes dos serviços de resgate, exaustos, vasculhavam os destroços das torres gêmeas que ruíram quando dois aviões comerciais sequestrados foram arremetidos contra elas, na terça-feira.

O número de desaparecidos aumentou para 4.972, ou seja, 255 além do que o estimado na sexta-feira, segundo o comissário de polícia Bernard Kerik. Foram recuperados os corpos de 152 pessoas, 92 das quais já foram identificadas. Apenas cinco pessoas foram retiradas dos escombros ainda vivas, duas na terça-feira e quatro na quarta.

"Há uma série de áreas de bolsões de ar que ainda podem existir sob os escombros'', disse Kerik.

"É possível que ainda haja pessoas vivas. Vamos manter a esperança, continuar a rezar e esperar pelo melhor. Em outros desastres e tragédias ocorridos no mundo, há casos em que pessoas foram retiradas dos escombros com vida até cinco, seis ou sete dias mais tarde. Não vamos perder a esperança", disse Kerik.

Além dos quase 5.000 mortos no World Trade Center, entre funcionários das empresas que operavam nos edifícios e bombeiros, morreram centenas de passageiros dos quatro aviões sequestrados e teme-se que mais de 100 funcionários do Pentágono estejam mortos.

Cinco dias depois dos atentados que deixaram o mundo estarrecido, nuvens cinzentas e marrons ainda sobem dos destroços dos edifícios que já foram os mais altos de Nova York, e um cheiro horrível recobre o local.

Técnicos pretendem vasculhar os escombros em busca de sinais emitidos por celulares e pagers, na esperança de ajudar as equipes de resgate a localizar possíveis sobreviventes.

Embora um sinal ativo de um aparelho sem fio não indique necessariamente que seu dono tenha sobrevivido ao ataque, poderia ajudar as equipes a direcionar seus esforços para bolsões de ar e áreas do porão, onde ainda pode haver pessoas aguardando serem resgatadas.

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