Reuters
20/09/2001 - 15h14

Papa viaja para Cazaquistão sob ameaça de guerra

da Reuters, no Vaticano

Sob a ameaça de uma guerra, o papa João Paulo 2° começa no sábado (22) sua visita ao Cazaquistão, onde seus apelos pela tolerância religiosa devem se tornar mais enérgicos em consequência dos ataques da semana passada nos EUA.

Na capital do Cazaquistão, Astana, cerca de 2.400 membros das forças de segurança serão mobilizados para proteger o papa, que completa sua 95ª viagem para fora da Itália apesar dos riscos para sua segurança e de seu frágil estado de saúde.

O ministro cazaque do Interior, Bolat Iskakov, afirmou nesta semana que o governo decidiu adotar "medidas de segurança sem precedentes" depois dos ataques suicidas ocorridos nos EUA.

O Cazaquistão, localizado na Ásia Central, é vizinho de alguns dos países que podem se ver envolvidos na eventual retaliação norte-americana contra o Afeganistão, onde estaria o milionário saudita Osama bin Laden, o principal acusado pelos ataques do dia 11.

O governo do Cazaquistão, à frente de um país majoritariamente muçulmano, já mostrou-se preocupado com a possibilidade de radicais islâmicos entrarem em seu território vindos das áreas vizinhas.

Houve relatos sobre supostos planos para assassinar o papa em algumas de suas viagens anteriores ao exterior.

Neste ano, o presidente Nursultan Nazarbayev ordenou a criação de um distrito militar especial no sul a fim de impedir a eventual entrada no país de ativistas que defendam a criação de um Estado islâmico purista.

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