Reuters
01/10/2001 - 11h47

Peres diz que Arafat é o único líder palestino para se negociar

da Reuters, em Jerusalém

O ministro das Relações Exteriores israelense, Shimon Peres, defendeu hoje o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, contra as numerosas críticas que lhe são feitas em Israel, afirmando que as alternativas à saída dele seriam muito piores para o Estado judaico.

"Apesar de todas as críticas, Arafat é o único palestino que reconhece o mapa em que existem a Jordânia e Israel", disse Peres ao jornal "Yedioth Ahronoth". "Suponhamos que assassinemos [Arafat]. O que acontece depois disso?", questionou Peres.


Reuters - 15.jul.2001
Shimon Peres, minitro das Relações Exteriores de Israel
O chanceler disse que a retirada de Arafat do cargo ou sua renúncia abriria caminho para grupos ativistas ou para líderes mais radicais. "Ao invés dele, haverá o Hamas, a Jihad [Islâmica] e o Hizbollah [grupo do Líbano]. Eles tentarão fundar um país único entre o Iraque e o mar [Vermelho]", disse Peres.

"Liquidar Arafat"
O "Yedioth Ahronoth" publicou que Peres estava "convencido" de que o vice-chefe de gabinete do Exército de Israel, Moshe Yaalon, havia decidido "liquidar Arafat". O porta-voz de Peres afirmou, porém, que a informação não era verdadeira.

O ministro e Arafat reafirmaram seu comprometimento com um plano de trégua em um encontro realizado na quarta-feira passada (26), apesar de a violência ter continuado na região. Em um dos incidentes, uma bomba explodiu hoje perto de um shopping de Jerusalém.

Segundo a TV do Qatar Al Jazeera, o movimento palestino Jihad Islâmica havia assumido a autoria do atentado, que não deixou nenhum ferido, mas abalou o já fragilizado cessar-fogo.

"Arafat deseja ser aceito no Ocidente. Ele deseja abandonar o terror em algum momento. Eles [Hamas, Jihad Islâmica e Hizbollah] são terroristas no real sentido do termo", afirmou Peres.


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