Reuters
01/10/2001 - 13h42

Promotor belga defende retomada de processo contra Sharon

da Reuters, em Bruxelas

Um promotor belga rejeitou hoje a argumentação de Israel de que a Bélgica não possuía competência legal para julgar Ariel Sharon, defendendo que o processo contra o primeiro-ministro israelense, acusado de crimes de guerra, seja retomado.

Reuters - 4.jun.2001
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel
O promotor Pierre Morlet deu suas declarações antes do início da sessão de julgamento do recurso que decidirá se Sharon pode ou não ser julgado em uma corte européia pelo massacre de refugiados palestinos no Líbano em 1982.

"Apresentamos vários argumentos contra as objeções levantadas pelo Estado israelense e nossa posição é de que o processo penal deve continuar", afirmou Morlet.

O promotor disse que, segundo sua opinião, a investigação sobre Sharon era legal. Morlet disse, porém, que não defendia, ao menos por enquanto, o indiciamento do primeiro-ministro.

"Trata-se por enquanto de sabermos se o processo é válido", disse o promotor.

O caso, que trata da suposta responsabilidade de Sharon pelo assassinato de centenas de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, abalou as relações da Bélgica com Israel e impediu o premiê de visitar Bruxelas, capital belga, onde se encontra a sede da União Européia (UE).

No mês passado, o governo belga suspendeu a controvertida investigação sobre Sharon até que uma corte de apelação decidisse sobre a legalidade dela.

Os advogados do premiê, os querelantes (sobreviventes do massacre e parentes das vítimas) e o promotor devem se encontrar na quarta-feira (3) para estabelecer um cronograma para o julgamento da apelação, que decidirá se a Bélgica dará ou não continuidade ao caso.

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