Promotor belga defende retomada de processo contra Sharon
da Reuters, em BruxelasUm promotor belga rejeitou hoje a argumentação de Israel de que a Bélgica não possuía competência legal para julgar Ariel Sharon, defendendo que o processo contra o primeiro-ministro israelense, acusado de crimes de guerra, seja retomado.
Reuters - 4.jun.2001 |
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel |
"Apresentamos vários argumentos contra as objeções levantadas pelo Estado israelense e nossa posição é de que o processo penal deve continuar", afirmou Morlet.
O promotor disse que, segundo sua opinião, a investigação sobre Sharon era legal. Morlet disse, porém, que não defendia, ao menos por enquanto, o indiciamento do primeiro-ministro.
"Trata-se por enquanto de sabermos se o processo é válido", disse o promotor.
O caso, que trata da suposta responsabilidade de Sharon pelo assassinato de centenas de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, abalou as relações da Bélgica com Israel e impediu o premiê de visitar Bruxelas, capital belga, onde se encontra a sede da União Européia (UE).
No mês passado, o governo belga suspendeu a controvertida investigação sobre Sharon até que uma corte de apelação decidisse sobre a legalidade dela.
Os advogados do premiê, os querelantes (sobreviventes do massacre e parentes das vítimas) e o promotor devem se encontrar na quarta-feira (3) para estabelecer um cronograma para o julgamento da apelação, que decidirá se a Bélgica dará ou não continuidade ao caso.
Leia mais no especial Oriente Médio
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA