Reuters
03/10/2001 - 20h37

Bush visita Nova York e pede para americanos gastarem mais

da Reuters, em Nova York

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu hoje aos norte-americanos para seguirem seu exemplo e saírem de casa para gastar dinheiro para manter a economia dos Estados Unidos em alta.

"O americano não deve ter medo de viajar", disse Bush, em sua segunda visita à Nova York desde os ataques de 11 de setembro. "Nós acreditamos que é seguro e as pessoas devem se sentir confortáveis ao viajar pelo país. Elas deveriam levar seus filhos em férias e ir a jogos esportivos."

O pronunciamento de Bush foi feito para uma economia que já estava em declínio antes dos ataques que destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono, mas agora está ameaçada de entrar em recessão, com dezenas de milhares de demissões na indústria de aviação e setores relacionados.

Bush tentou dar o exemplo ao povo norte-americano ao convidar para jantar em um caro restaurante o prefeito de Washington, na capital do país.

"Aqui está a minha postura: uma pessoa demitida é uma pessoa entre muitas. Portanto, temos de fazer o que é preciso para ter certeza que a pessoa que perdeu seu emprego poderá conseguir encontrar trabalho", disse Bush.

O presidente norte-americano visitou mais tarde a escola Hernando De Soto, localizada no distrito de Chinatown, em Nova York, atingida por fumaça das torres do World Trade Center e que ficou fechada durante uma semana após os ataques.

Depois de comprar pizza para bombeiros da 55ª Companhia de Nova York, grupamento que perdeu cinco integrantes no desabamento das torres, o presidente norte-americano encontrou-se com importantes líderes empresariais no Federal Hall, monumento nacional construído onde George Washington se tornou o primeiro presidente dos EUA.

No local, Bush afirmou que propôs cortes de impostos adicionais no valor de US$ 60 a 75 bilhões para fomentar a economia do país. O presidente disse que está trabalhando com o Congresso para que a proposta seja aprovada o mais rápido possível.

Efeitos

Falando a repórteres depois da reunião com os executivos, Bush reconheceu que os ataques afetaram a psique norte-americana, mas insistiu que o povo precisa superar seus medos, enquanto permanecem alertas para a possibilidade de novos ataques.

"As imagens estão vivas nas mentes das pessoas. Mas os americanos precisam saber que o governo está fazendo tudo o que pode para rastrear cada rumor, cada pista, cada possibilidade de ameaça", disse Bush.

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