Juiz do Paquistão questiona extradição de sequestrador aos EUA
da Reuters, IslamabadUma corte do Paquistão intimou o governo militar a explicar por que um prisioneiro palestino acusado de sequestrar um avião norte-americano em 1986, quando 22 pessoas morreram, foi extraditado para os Estados Unidos, onde enfrentará um novo julgamento após já ter cumprido sua sentença.
Zayd Hassan Safarini, que foi extraditado para os EUA no último final de semana, foi um dos seis palestinos inicialmente sentenciados à pena de morte por sua participação no sequestro.
A sentença foi atenuada para prisão perpétua -o que no Paquistão geralmente significa 25 anos- e depois reduzida por uma curiosa lei local que conta um dia e uma noite na prisão como dois dias de pena. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, referiu-se na segunda-feira (1) à extradição de Safarini como um progresso em sua guerra contra o terrorismo após os ataques de 11 de setembro contra Washington e Nova York.
Os outros cinco sequestradores solicitaram à corte na terça-feira (2) que impeça qualquer tentativa dos EUA de extraditá-los também.
Eles também já cumpriram suas respectivas penas, mas ainda não foram libertados porque nenhum país reconheceria as suas nacionalidades.
Fontes ligadas à corte disseram que o juiz da Alta Corte de Lahore, situada em Rawalpindi, pediu que o governo explicasse "sob quais circunstâncias o sequestrador palestino deixou Islamabad e chegou nos EUA".
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