Reuters
19/04/2001 - 14h06

Grupo de caça a nazistas critica Suécia e Síria

da Reuters, em Jerusalém

Uma organização de caça a nazistas apontou hoje a Suécia e a Síria como países com o pior desempenho na captura de criminosos de guerra alemães.

Um relatório do Centro Simon Wiesenthal elogiou os EUA por seus esforços na caça aos colaboradores do regime comandado por Adolf Hitler, mas afirmou que a Áustria, Austrália, Estônia, Escócia e Nova Zelândia não haviam feito o suficiente.

Na avaliação do grupo sobre a participação dos países na detenção e punição de pessoas que participaram do massacre de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Suécia e a Síria receberam notas "F" por supostamente se negarem a processar ou entregar conhecidos criminosos de guerra.

Segundo o centro, o relatório visava fazer com que os governos "renovassem e intensificassem seus esforços" para prender nazistas quase 60 anos depois de o Terceiro Reich ter implementado a "Solução Final'', que previa a eliminação dos judeus da Europa.

O documento afirma que a Suécia decidiu neste ano novamente não investigar ou processar criminosos de guerra ou outros nazistas que se refugiaram no país, apesar de supostas provas contra eles.

O documento acusa ainda a Síria de continuar a negar que Alois Brunner, condenado à revelia três vezes na França à prisão perpétua por deportar 128.500 judeus para campos de concentração, viva em Damasco (capital do país árabe).

As autoridades sírias negam há muito tempo conhecer o paradeiro de Brunner, que perdeu uma mão e um olho em cartas-bomba israelenses enviadas em 1961 e em 1980. Em 1992, houve boatos sobre sua morte, mas eles nunca foram confirmados.
 

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