Reuters
10/10/2001 - 11h18

Companhias de telecomunicações dos EUA sofrerão impacto da crise

da Reuters, em Filadélfia (EUA)

Apesar da enxurrada de telefonemas e da corrida às compras de celulares depois dos ataques de 11 de setembro, os lucros do terceiro trimestre das maiores empresas de telefonia dos Estados Unidos serão fracos.

A urgência de telefonar em épocas de crise é grande, mas os tentáculos da economia desaquecida nos consumidores e nas empresas foram mais fortes, disseram analistas.

"O impacto da recessão será bem maior do que a necessidade maior pelas telecomunicações a curto prazo", disse o analista da J.P. Morgan Marc Crossman.

O setor de telecomunicações, já afetado pela competição acirrada com reduções de preços, foi pressionado pela redução de gastos em itens supérfluos, como uma segunda linha de telefone ou conexões de Internet de alta velocidade.

As empresas, por sua vez, precisaram de menos serviços, uma vez que demitiram empregados e adiaram upgrades de redes e investimentos em software, disseram analistas. Isso leva ao corte do volume de voz, dados e vídeo transitando em redes de longa distância e reduz o números de linhas telefônicas locais em uso.

Analistas disseram que os ataques de 11 de setembro, como também a perspectiva de uma retaliação prolongada, poderá aumentar a demanda por serviços como videoconferência, caso os norte-americanos fiquem receosos de viajar.

No entanto, isso não será suficiente para compensar os prejuízos causados pela economia em crise, disseram eles.

"As esperadas reduções em gastos empresariais devem superar de longe qualquer benefício do aumento de volume por conta de cortes em viagens", disse Crossman.

Nas últimas semanas, os provedores de redes de alta velocidade Qwest Communications International e Global Crossing reduziram suas previsões. Companhias como Baby Bells SBC Communications, BellSouth, Sprint e WorldCom Group já haviam reduzido suas previsões anteriormente.

Os lucros da AT&T devem ser menos interessantes dos que os anunciados em previsões, e devem cair 90%, para US$ 0,04 centavos por ação, em comparação com os US$ 0,38 de um ano atrás, de acordo com a firma de pesquisa Thomson Financial/First Call. De positivo, a empresa anunciou cortes em gastos e melhoria nos lucros de suas unidades de banda larga.

A Verizon Communications, que domina o mercado de telefonia no nordeste do país, disse que os ataques devem afetar seus resultados, devido a danos físicos nas redes e redução no crescimento de assinantes.

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