Reuters
11/10/2001 - 08h36

Recuperação de publicidade on-line é duvidosa

da Reuters, em Palo Alto (EUA)

O grande aumento no tráfego em sites de notícias na internet depois dos ataques de 11 setembro nos Estados Unidos mostrou mais uma vez que a web desempenha uma grande papel, ao lado da televisão e dos jornais, na cobertura de notícias.

Mas também mostrou como é desafiador converter o tráfego de internet em dinheiro. A receita de anúncios on-line caiu ainda mais desde 11 de setembro, no momento em que sites grandes como Yahoo! tornaram-se uma fonte de notícias para internautas mundo afora.

Como explicação para a persistente queda da publicidade on-line, um analista de internet recentemente propôs uma analogia problemática.

"Pode ser que a internet seja um veículo mais parecido com o telefone do que com a televisão", disse Safa Rashtchy, da Bancorp Piper Jaffray. "Tentou-se anunciar pelo telefone, mas nunca deu certo."

Rashtchy disse que as coisas ainda não estão definidas, mas ele acredita que não é necessariamente verdade que os anúncios de internet terão o mesmo futuro dos anúncios de telefone.

Mas companhias de mídia de internet como Yahoo! e DoubleClick estão preparadas para divulgar outro trimestre de resultados fracos em uma crise que já dutra mais do que qualquer um esperava —as pessoas estão começando a se perguntar se os problemas do setor são mesmo resultantes do desaquecimento da economia.

As promessas iniciais do setor de que os anunciantes iriam perseguir clientes via internet revelaram-se inocentes. Mas ainda restam esperanças.

"A publicidade de internet tem menos de sete anos de idade e geramos US$ 8,2 bilhões em 2000, e isso é absolutamente extraordinário", disse Wenda Harris Millard, executiva de publicidade da Yahoo!

Mas não há muitos sinais de que grandes anunciantes estão recorrendo à web. Uma pesquisa recente da Jupiter Media Metrix constatou que as maiores anunciantes de internet no mês passado foram Microsoft, AOL Time Warner, Amazon.com e Yahoo!— todas elas grandes empresas de internet.

"A razão para o problema é uma crise de confiança no veículo", disse Mark DiMassimo, presidente da agência de publicidade DiMassimo Brand Advertising, de Nova York. DiMassimo acredita que a internet será o mais poderoso meio de anunciar no futuro, mas isso virá junto com o reconhecimento de que a rede não funciona para todos.

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