Independência total do Timor Leste vai demorar, diz líder
da Reuters, em Jacarta (Indonésia)Xanana Gusmão, líder do Timor Leste, afirmou que a região ainda precisa de seis anos antes de assumir definitivamente sua autonomia e que, até lá, contará com a ajuda da ONU (Organização das Nações Unidas).
Gusmão, que está em Jacarta para participar de um encontro com o ex-general indonésio que no passado perseguiu o ex-líder guerrilheiro, afirmou que continuavam a ser realizadas discussões com a ONU sobre seu papel depois da independência.
"Sabemos que não estamos prontos em algumas áreas'', afirmou, acrescentando que o território enfrentará uma época difícil depois da saída da ONU.
A região deve eleger uma assembléia constitucional em 30 de agosto, dia que marca o segundo ano da votação que decidiu, com uma larga margem de votos, pela independência da Indonésia.
O plebiscito, que colocou fim a 23 anos de dominação, foi seguido por ataques violentos de milícias que contavam com o apoio de militares indonésios e pela chegada à região da ONU, que continua a controlar o Timor Leste.
A assembléia, que deve se tornar o primeiro Parlamento independente da região, dispõe de três meses para aprovar uma Constituição. Gusmão disse achar que o Parlamento levaria ainda mais seis meses para se preparar.
O líder, que chegou a criticar a forte presença da ONU na região, afirmou que a organização trabalhava com os timorenses para que os problemas deles fossem resolvidos.