Reuters
20/04/2001 - 13h05

Rainha Elizabeth pode passar 75º aniversário sozinha

da Reuters, em Londres

Quando a rainha Elizabeth comemorar seu 75º aniversário, amanhã, é possível que nenhum de seus quatro filhos esteja a seu lado, anunciou o Palácio de Buckingham hoje.

A princesa Anne e o príncipe Andrew estão no exterior, cumprindo compromissos oficiais. O príncipe Charles, herdeiro do trono, está na Escócia, em férias.

Com isso, o mais provável é que apenas o príncipe Edward visite a mãe -ele está sob fogo cruzado da mídia por causa de um escândalo.

Na semana passada, na mais recente crise da família real britânica, a esposa de Edward, Sophie Rhys-Jones, foi obrigada a renunciar à direção de sua empresa de relações públicas.

Os jornais tablóides publicaram transcrições constrangedoras de uma conversa entre ela, seu sócio e um repórter que se fez passar por um xeque árabe que oferecia um acordo lucrativo à firma.

O chamado escândalo "Sophiegate" levou muitos políticos e editores de jornais a questionarem a necessidade de uma monarquia na Grã-Bretanha, embora poucos critiquem a rainha propriamente dita.

Uma pesquisa de opinião conduzida na semana passada mostrou que 70% dos britânicos ainda são a favor da monarquia, mas dois terços acham que a família real deveria se modernizar e dedicar-se a obras beneficentes e a promover o país no exterior.

Desde o divórcio de Charles e Diana, e sobretudo desde a morte da princesa em um acidente de carro em Paris, em 1997, o futuro da monarquia não era tão amplamente discutido na imprensa.

Na época do divórcio, a grande dúvida era se Charles algum dia se casaria com sua amante, Camilla Parker Bowles, se esta se tornaria rainha, ou se a sucessão deveria passar para o filho mais velho de Charles, William. Apenas os republicanos acirrados discutiam a necessidade ou não da própria monarquia.

Hoje, porém, o apoio público à família real depende em grande medida da popularidade pessoal da rainha.

Apenas o príncipe William, que se encontra na África, passando um ano de folga entre o colégio e a universidade, desperta o interesse dos britânicos.
 

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