Jô Soares e Paulo Coelho voltam a ser sondados para vaga na ABL
da Reuters, no RioAs polêmicas candidaturas do humorista Jô Soares e do escritor Paulo Coelho à Academia Brasileira de Letras voltaram a ser alvo de especulação na semana, com a abertura da concorrência à vaga do ex-ministro da Fazenda Roberto Campos, que morreu na terça-feira passada.
Jô e Coelho tinham ameaçado se candidatar à vaga de Jorge Amado, morto em agosto, mas desistiram em prol da candidatura da escritora Zélia Gatai, mulher do autor baiano.
O acadêmico Antônio Olinto confirmou à Reuters que as sondagens em torno das candidaturas de Jô e Coelho começaram no velório do ex-ministro. "Acho cedo para isso, porém já tenho observado nos bastidores da ABL especulações sobre os dois", afirmou Olinto.
"As apostas mais forte têm sido em torno de Paulo Coelho. Mas ainda é cedo para mensurar as chances de ele vencer uma possível disputa com Jô Soares. Acho que a imagem dele (Coelho) entre os acadêmicos melhorou muito quando escreveu um bilhete carinhoso para Zélia, abrindo mão das pretensões naquele momento".
A assessoria de Jô Soares disse à Reuters que o comediante ainda não se posicionou sobre a candidatura à cadeira nº 21 da ABL.
Já os assessores de Paulo Coelho afirmaram que o escritor enviou um fax a Arnaldo Niskier, ex-presidente da ABL, manifestando a intenção de se candidatar e pedindo apoio.
De acordo com o atual presidente da ABL, Tarcísio Padilha, a eleição vai acontecer apenas em março de 2002. A cadeira 21 é conhecida como "Cadeira da Liberdade" devido ao ecletismo de seus ocupantes. Ela foi fundada pelo abolicionista José do Patrocínio e depois pertenceu ao revolucionário Adonias Filho, ao dramaturgo Dias Gomes, e, por último, a Roberto Campos.
Entre os outros nomes para a cadeira 21 também estão sendo especulados o do cardeal recém-aposentado do Rio de Janeiro Don Eugênio Salles, o do ex-ministro da Economia Marcílio Marques Moreira e o do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão.
