Astros revivem memórias da Motown e falam da guerra em Los Angeles
da Reuters, em Los Angeles"Guerra não é a resposta", disse Marvin Gaye antes de levantar o público em um show de celebração dos áureos tempos da Motown, na última quinta-feira, em Los Angeles.
Gaye, que na realidade apareceu em um telão em clipe antigo, gravado durante uma partida de basquete, não agradou tanto pelo comentário, mas pela bela versão do hino nacional norte-americano.
O show aconteceu na sede da Universal Studios, em Los Angeles. Entre os artistas veteranos da Motown que se apresentaram ao vivo no evento estiveram Smokey Robinson e The Temptations. Os mais novos incluíram Sheryl Crow, Mary J. Blige, Melissa Etheridge e Johnny Lang, todos se esforçando ao máximo para eliminar o clima sombrio que pairava sobre a platéia.
O evento arrecadou mais de US$ 5,1 milhões para a organização médica "City of Hope". O homenageado da noite foi o magnata canadense Edgar Bronfman Jr., vice-presidente executivo da Vivendi Universal, cujo Universal Music Group cedeu os artistas que se apresentaram.
A tragédia de 11 de setembro passado não estava longe da memória dos que compareceram. Berry Gordon Jr., fundador da Motown, fez referências à "nova ordem mundial", e Bronfman saudou o pluralismo que surgiu desde então.
O comediante Garry Shandling lançou um desafio a Osama bin Laden: "Se ele quiser meter medo em mim, que entre na fila atrás da minha mãe."
A segurança no evento era intensa, aparentemente visando manter afastados quaisquer possíveis agentes da organização Al Qaeda, de Bin Laden. Os convidados tiveram que fazer fila para passar por detetores de metais, na presença de guardas armados com cães.
