Marrocos proíbe protestos contra ataques dos EUA ao Afeganistão
da Reuters, em RabatGrupos islâmicos em Marrocos disseram hoje que o governo proibiu passeatas de protesto contra a ofensiva militar norte-americana no Afeganistão, alegando razões de segurança.
"Recebemos um documento do ministro do Interior informando que a marcha em solidariedade aos afegãos muçulmanos foi proibida", disse Mustapha Ramid, coordenador do Congresso Nacional Islâmico (CNI). " ministro disse que a marcha pode perturbar a ordem pública."
Ninguém do ministério quis confirmar a decisão. O Reino de Marrocos é um aliado leal dos Estados Unidos.
A marcha deveria acontecer no domingo, na capital Rabat. Ramif disse que os grupos decidiram realizar outra marcha no dia 28 de outubro, também em Rabat.
O Congresso Islâmico inclui meia dúzia de movimentos nacionalistas e islâmicos. Um dos mais radicais é o al-Adl Wal Ihsane (Justiça e Caridade), movimento liderado pelo xeque Abdessalam Yassine, que passou dez anos em prisão domiciliar até maio do ano passado. O CNI têm filiais no Oriente Médio, principalmente no Líbano.
O rei do Marrocos, Mohammed, condenou os ataques suicidas do dia 11 de setembro contra os Estados unidos. Mas ele disse também que os ataques norte-americanos contra o Afeganistão devem ter alvos precisos para que pessoas inocentes não sejam feridas.
O reino era membro da coalizão liderada pelos EUA na Guerra do Golfo, em 1991, que forçou o Iraque a sair do Kuwait. Na época, mais de 300 mil manifestantes tomaram as ruas de Rabat para protestar contra a campanha militar na região.
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