Reuters
21/10/2001 - 16h42

"Alto Risco" homenageia jornalista irlandesa que foi assassinada

da Reuters

A vida e o assassinato da jornalista irlandesa Veronica Guerin ganham uma homenagem digna em "Alto Risco", que está sendo exibido na 25ª Mostra BR de Cinema, em São Paulo.

O filme é um suspense dramático fictício inspirado em seus últimos anos de vida. A direção realista de John Mackenzie é favorecida por um bom elenco e a atuação direta e convincente de Patrick Bergin no papel de policial.

Falta, porém, a identificação emocional com o personagem principal, representado com precisão mas um pouco de frieza por Joan Allen.

Num crime que fez manchetes e levou à decretação de novas medidas contra a criminalidade na Irlanda, Guerin foi morta a tiros em seu carro, em plena luz do dia, em 26 de junho de 1996, depois de uma carreira relativamente curta no jornalismo.

Tendo inicialmente trabalhado como contadora e relações públicas, Guerin tornou-se jornalista em 1990, aos 31 anos, e em dois anos ganhou fama como repórter policial, expondo o envolvimento de gângsters locais no tráfico de drogas de Dublin.

Em 1994, tiros de advertência foram disparados contra sua casa, e, no ano seguinte, ela levou um tiro na perna.

O personagem que representa Guerin é Sinead Hamilton (Allen), repórter renomada do jornal The Sunday Globe (na vida real, o "The Sunday Independent"), que despertou a ira de políticos e da polícia com seus artigos denunciando a falta de controle sobre os problemas de drogas da cidade.

Depois de conversar com Sinead Hamilton, o brutal criminoso Martin Shaughnessy (Pete Postlethwaite) é assassinado de maneira espetacular.

A jornalista investiga o crime e descobre que os indícios parecem apontar para uma vingança do Exército Republicano Irlandês (IRA) devido ao envolvimento de Shaughnessy com os unionistas (adversários políticos do grupo).

Neste ponto, depois de levar a história em rumo mais político, o roteiro volta ao registro puramente criminoso. Não faltam incidentes para prender a atenção da platéia -uma perseguição de carros, explosões de bombas, mais e mais artigos lançados por Hamilton-, mas falta uma base emocional mais forte para toda a ação física.

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