Tykwer mostra conto de fadas moderno em "A Princesa e o Guerreiro"
da ReutersCom um sonoro nome de fábula, "A Princesa e o Guerreiro", o diretor alemão Tom Tykwer, reconduz delicadamente sua musa, Franka Potente, que desta vez abre mão dos cabelos vermelhos do frenético cult "Corra Lola, Corra" para assumir a nova identidade da enfermeira Sissi. O filme é uma das atrações de hoje na 25ª Mostra BR de Cinema.
A miúda Valquíria de Tykwer desta vez esconde-se sob a deselegância discreta e os pálidos cabelos louros de uma tímida funcionária de um hospital para doentes mentais. Fiel ao espírito da fábula, ela é magicamente beneficiada pelos deuses da sorte com a chegada de uma herança.
Na busca da fortuna, um outro capricho do destino coloca-a sob a carroceria de um caminhão e bem no caminho de um estranho anjo da guarda -Bodo, um ex-soldado que virou marginal.
Neste seu quarto filme, que foi exibido fora de competição no último Festival de Cannes, Tykwer firma seu nome como um dos mais criativos diretores alemães, que aos 36 anos já é dono de um estilo muito seguro.
Poucos como ele sabem equilibrar tão bem os elementos de uma equação cinematográfica que combina o inusitado dos encontros e os absurdos do amor, desafiando a lógica e a moral social quase na mesma medida -como fez, além de "Corra Lola, Corra", em seu elegante e reflexivo trabalho anterior, "Wintersleepers - A Neve por Testemunha''.
Leia notícias e programe-se para a 25ª Mostra Internacional de Cinema
