Reuters
23/10/2001 - 14h19

Produção independente e bem feita traz folk às telas da Mostra de SP

da Reuters, em Hollywood

"Coletora de Canções" é uma produção independente bem feita que marca a segunda vez em que a atriz de teatro Janet McTeer se aventura nas telas. Seu tema incomum -a musicalidade folk no interior dos EUA na virada do século 20- é tratado em meio a um drama bastante convencional.

As qualidades antiquadas do filme podem levá-lo a fazer sucesso entre platéias mais velhas, normalmente não tão afeitas a filmes de arte, mas críticos e espectadores mais cínicos podem achá-lo piegas demais para seu gosto.

McTeer é a musicóloga Lily Penleric, que fica furiosa quando descobre que mais uma vez teve negado -por um conselho de revisão formado exclusivamente por homens- seu pedido de uma cadeira permanente na universidade em que leciona, na costa leste dos EUA.

Decepcionada, ela deixa a faculdade e vai para uma escola distante nas montanhas, fundada por sua irmã Elna (Jane Adams) e a professora Harriet (E. Katherine Kerr). A acadêmica "distinta" se ressente do ambiente rústico, e os habitantes locais tampouco, num primeiro momento, apreciam seus modos refinados.

Mas seu interesse acadêmico não demora a ser despertado pela descoberta de que o povo das montanhas vive mergulhado em música. E as "velhas canções de amor" que cantam, transmitidas de uma geração a outra, revelam ser variações de tradicionais baladas folk inglesas e escocesas.

Lily passa a percorrer as montanhas com um gravador primitivo, tentando catalogar as canções, mas esbarra na resistência de muitos moradores da região. Um desses que rejeita seus esforços é o viúvo mal vestido mas simpático Tom (Aidan Quinn), que acha que, se seu povo tem alguma coisa que interessa ao pessoal da cidade, este deveria pagar por isso.

A história se desenrola em ritmo calmo e prazeroso, à medida que Lily passa de observadora crítica do mundo rural a participante desta comunidade. Nesse meio tempo, ela tem que ajudar uma mulher a dar à luz, se envolve romanticamente com Tom e passa a respeitar a ligação lésbica de sua irmã com Harriet. A história inclui quase todos os clichês costumeiros dos dramas rurais.

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