Atores de Hollywood apóiam greve da classe no Reino Unido
da Reuters, em Los AngelesO sindicato dos atores norte-americanos, o Screen Actors Guild (SAG), pediu nesta segunda-feira que seus filiados apoiem o sindicato britânico Equity, que convocou uma greve de atores nos estúdios de cinema do Reino Unido a partir de 1º de dezembro.
Num boletim divulgado em seu site e circulado entre agências de atores de Hollywood, o sindicato orientou seus 98 mil filiados a entrar em contato com ele "antes de aceitar qualquer trabalho que possa estender-se para além de 30 de novembro de 2001 num filme a ser feito por produtoras do Reino Unido".
"O SAG lhes avisará se qualquer oferta de trabalho específica vai ou não afetar adversamente os esforços do Equity para conseguir um contrato justo", diz o boletim, difundido depois que o conselho nacional de diretores do sindicato americano votou por unanimidade pelo apoio ao Equity em suas negociações contratuais com o setor cinematográfico britânico.
Um porta-voz do SAG disse que o sindicato americano quis retribuir o apoio que o Equity deu aos atores americanos durante a greve de seis meses no ano passado contra o setor publicitário do país.
O Equity, que representa 36 mil atores britânicos, aconselhou seus filiados, no mês passado, a rejeitar qualquer trabalho num filme comercial britânico depois de 1º de dezembro, a não ser que antes disso tenha sido fechado um contrato coletivo com a categoria.
Um dos principais pontos em pauta nas negociações britânicas é a exigência do Equity de que seja adotado um sistema de pagamentos residuais, semelhante ao que existe nos EUA, pelo qual os atores possam receber mais à medida que os filmes em que atuaram forem ganhando receita adicional em mercados secundários como televisão, vídeo e DVD.
No momento, os atores filiados ao Equity ganham apenas um cachê adiantado fixo pelo uso de seus trabalhos no cinema em TV, vídeo e DVDs.
