Reuters
25/10/2001 - 10h01

Holandesa Draka inaugura fábricas de cabos e fibras no Brasil

da Reuters, em São PAulo

A fabricante holandesa de cabos para o setor de telecomunicações Draka vai inaugurar duas fábricas no Brasil, entre outubro e novembro, apostando na abertura do mercado local e na exportação para outros países da América Latina.

Com investimentos de US$ 10 milhões, a Draka inaugura hoje, em Campinas, interior de São Paulo, uma fábrica de cabos de alta performance para infra-estrutura de telefonia móvel. A fábrica, batizada de Draka Comteq, começou a operar no início de outubro, 18 meses depois de ter sido tomada a decisão de investir no país.

"A crise talvez tenha atrasado os planos, mas faz parte do jogo", comentou o presidente da Draka no Brasil, Alberto Lanari Ozolins. "Não estamos pensando só no Brasil, mas em outros mercados da América Latina", disse.

A expectativa da Draka Comteq é fechar negócios de R$ 300 milhões nos próximos cinco anos, sendo que 30% serão resultado de exportações para o Chile, Venezuela, Argentina, Bolívia, Peru e Colômbia.

Outra fábrica do grupo, a Draktel, vai começar a produzir fibra ótica em Sorocaba, interior de São Paulo, no final de novembro. Nessa unidade, a Draka detém 50% e a brasileira Mastercom, a outra metade. As duas empresas são parceiras ainda na Telcon, fabricante de cabos óticos e metálicos, controlada pela Mastercom. Já a Draka Comteq é controlada pelo grupo holandês, que detém 78%.

Segundo Ozolins, as possibilidades de negócios estão na abertura do mercado de telecomunicações brasileiro -com as novas licenças de telefonia móvel na tecnologia européia GSM leiloadas no início do ano- e na evolução tecnológica das redes já instaladas pelas operadoras das bandas A e B.

Mesmo com o pouco interesse nos leilões deste ano das bandas C, D e E, o mercado é promissor. "Apesar de nem todas as licenças terem sido vendidas, duas empresas importantes estão no mercado", afirmou o executivo, referindo-se à Telemar e à Telecom Italia Mobile (TIM) .

A Telemar PCS, que atuará na telefonia móvel a partir de 2002, já é cliente da Draka por intermédio da Alcatel, fornecedora de parte da infra-estrutura móvel que a operadora vai instalar nos 16 Estados em que presta o serviço de telefonia fixa.

"O projeto da TIM ainda está sendo dimensionado", afirmou Ozolins. Outras empresas que estão ampliando suas redes, como ATL e Telemig Celular compraram da Draka, segundo o executivo. "Qualquer ampliação de rede é um mercado para meu produto, não estou frustrado", disse.

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