Reuters
25/10/2001 - 11h53

Discussão sobre Windows XP desaparece do Congresso dos EUA

da Reuters, em Washington (EUA)

O lançamento do Windows XP —nova versão do sistema operacional da Microsoft— pode ser o assunto da semana no mundo dos computadores. Mas o tema desapareceu dos debates do Congresso norte-americano, ocupado pelos desdobramentos dos ataques terroristas de 11 de setembro.

"Ninguém está preocupado com isso (lançamento do Windows XP)", disse uma fonte do Capitólio. "Isso não está em pauta nesse momento."

Antes dos ataques, porém, o sistema da Microsoft provocou debates sobre possíveis ações antitruste contra a companhia. O Comitê Judiciário do Senado havia marcado audiências para tratar do tema.

"O comitê está totalmente focado no tema terrorismo agora", disse uma fonte. "Isso é tudo de que as pessoas vão falar por algum tempo."

Segundo fontes do Congresso, atualmente a casa não tem planos de promover audiências sobre o Windows XP.

Enquanto isso, os críticos da Microsoft continuam dizendo que o sistema operacional foi concebido para ampliar o monopólio da empresa sobre os PCs e o comércio na internet.

A companhia provocou críticas de grupos de consumidores e concorrentes ao embutir aplicações de Internet —como o Media Player, o programa de mensagens instantâneas e fotografias digitais— no Windows XP.

Segundo a concorrência, essa tática se assemelha ao que foi feito com o Windows 98, que trazia o navegador Internet Explorer embutido, causando danos ao maior concorrente, o Netscape Navigator, e fortalecendo a hegemonia do sistema operacional.

Agora a nova versão do Windows também trará embutido o sistema Passport de identificação de usuário. Para os críticos, a Microsoft pode usar a tecnologia para colher informações pessoais dos usuários e utilizá-las para dominar o comércio na internet.

A Microsoft e o Departamento de Justiça dos EUA estão atualmente negociando com um mediador para concluir um processo que se estende por três anos. Se nenhuma decisão for tomada em 2 de novembro, haverá novas audiências em março para tentar decidir o caso.

Em julho, o senador norte-americano Charles Schumer havia pedido audiências no Congresso sobre as "práticas anticompetitivas" da Microsoft. Schumer disse ter a intenção de garantir ao usuário a livre escolha de aplicativos, sem imposição dos produtos da Microsoft.

Na época, Patrick Leahy, presidente da Comissão Judicial do Senado dos EUA, havia confirmado que as práticas empresariais da Microsoft seriam assunto de uma audiência mais ampla que aconteceria em setembro.

Mas, com os ataques do dia 11, o Congresso mergulhou em discussões sobre o terrorismo, adiando mais uma vez a definição do caso.

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