Reuters
25/10/2001 - 11h59

Postos do Exército Britânico na Irlanda do Norte são demolidos

da Reuters, Irlanda do Norte

Engenheiros britânicos começaram a desmontar hoje vários postos militares na Irlanda do Norte depois da decisão inédita do IRA (Exército Republicano Irlandês) de dar início a seu processo de desarmamento.

Respondendo ao que classificaram de uma "redução significativa da ameaça na área de segurança", verificada depois da decisão do IRA de se desarmar, as forças de segurança começaram a demolir quatro de suas instalações no país.

As instalações, mais a presença de 13,5 mil integrantes de forças de segurança britânicas, trazem à tona lembranças desconfortáveis para os republicanos que vivem no local, onde 3.600 pessoas morreram nos últimos 30 anos na luta entre protestantes (pró-britânicos) e católicos (favoráveis à unificação da região com a Irlanda).

A decisão do IRA, caracterizada como a primeira vez em que o grupo livrou-se de parte de seu arsenal, repercutiu também no campo político.

O governo de coalizão entre protestantes e católicos da Irlanda do Norte, a peça principal do acordo de paz assinado em 1998, deve retomar suas atividades hoje, depois da volta dos ministros do Partido Unionista do Ulster (UUP), que abandonaram seus postos em protesto pelo fato do IRA não ter se desarmado.

Apesar de alguns pró-britânicos ainda não estarem convencidos da seriedade do processo de desarmamento do IRA, que foi realizado em segredo e acompanhado apenas por monitores internacionais, o espírito estendeu-se até mesmo para a Força Voluntária Leal, grupo paramilitar pró-britânicos.

A força, considerada pelos serviços de segurança da Irlanda do Norte responsável pelo assassinato de um repórter no mês passado, recebeu com satisfação a notícia do desarmamento do IRA e disse que poderia colocar fim às suas atividades violentas.

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