Festival de Los Angeles abre portas para novos cineastas

da Reuters, em Los Angeles

Cineastas desconhecidos terão a chance de chamar a atenção das grandes empresas de Holywood durante o Festival de Cinema de Los Angeles. O evento não é o principal festival de filmes independentes e tampouco pode ser considerado o mais antigo ou mais conhecido.

O público do festival tem aumentado a cada ano - 1995 3.500 pessoas participaram, para este ano estima-se a presença de 30 mil pessoas no evento. Uma das razões para o sucesso de público é que o Festival de Los Angeles coloca em contato direto diretores estreantes com os executivos da indústria cinematográfica.

"Não há muitos festivais onde 90% da indústria está ao alcance dos cineastas estreantes", disse o diretor do festival, Richard Raddon. O evento, que começou na última sexta-feira, vai até o dia 28 de abril.

Cerca de 2 mil obras foram inscritas e entre os selecionados estão 31 longas-metragens, 11 documentários, além de vários curtas e videoclipes.

Alguns filmes serão estrelados por artistas já consagrados, como "Dirt", com Luke Perry, Jennifer Tilly e Patrick Warburton, ou "Queen of the Whole Wide World", documentário gay com a participação de Julia Louis Dreyfuss e Kristen Johnston.

Filmes de baixo orçamento como o thriller "Kaaterskill Falls", sobre um casal levado aos seus limites durante uma viagem de fim de semana às montanhas, rodado em 13 dias por dois jovens cineastas com um roteiro improvisado também fazem parte do festival.

Tão importante quanto os filmes são as recepções organizadas pelo festival, disse Raddon. Nelas, executivos das principais companhias alternativas de produção cinematográfica, como a Shooting Gallery de Nova York ou até mesmo a rede de TV a cabo HBO, podem encontrar os diretores.

"Nunca podemos fechar os negócios, mas criamos um ambiente onde os encontros são proveitosos para os cineastas e onde as pessoas podem se sentir à vontade para conversar", disse Raddon.