Reuters
05/11/2001 - 09h53

Líbano não deve cooperar com EUA em sanções contra Hizbollah

da Reuters, em Beirute (Líbano)

O Líbano não deverá cooperar com os Estados Unidos em suas sanções financeiras contra o grupo guerrilheiro libanês Hizbollah, de acordo com o jornal libanês Al Mustaqbal hoje.

Na semana passada, Washington decidiu acrescentar 22 grupos a sua lista de organizações sujeitas a controles financeiros rigorosos. O Hizbollah, assim como os grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica, foi acrescentado à lista.

O jornal, que é do primeiro-ministro Rafik al Hariri, citou um membro da delegação que viaja com Hariri pela Arábia Saudita que teria dito que o Líbano provavelmente recusará qualquer pedido para congelar bens do Hizbollah "ou qualquer pedido que atinja a resistência à ocupação israelense".

Grupos que foram designados "organizações terroristas" tiveram seus bens congelados antes dos ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos.

Mas medidas tomadas depois dos ataques permitem aos EUA excluir bancos estrangeiros do mercado norte-americano e bloquear seus bens.

O Líbano condenou os ataques a Nova York e Washington, mas advertiu que a campanha liderada pelos EUA contra o terrorismo não deve se voltar a grupos como o Hizbollah, o qual Beirute vê como legítima resistência a Israel.

O grupo é principalmente apoiado pela Síria e pelo Irã e foi uma das grandes forças por trás da desocupação israelense, depois de 22 anos, do sul do Líbano no ano passado.

Além disso, o Hizbollah tornou-se parte do establishment político do Líbano, com deputados no Parlamento, representantes na área de televisão, em escolas e associações beneficentes que ajudam os parentes de guerrilheiros mortos em conflitos com Israel.

  • Com agências internacionais

    Leia mais:
  • Conheça as armas usadas no ataque

  • Saiba tudo sobre os ataques ao Afeganistão

  • Entenda o que é o Taleban

  • Saiba mais sobre o Paquistão

  • Veja os reflexos da guerra na economia




  •  

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca