Falha no estabilizador pode ter causado acidente com avião em NY
da Reuters, em Nova YorkInvestigadores que analisam as causas da queda do Airbus A-300 da American Airlines em Nova York já identificaram as principais peças do avião, inclusive as turbinas, que parecem estar inteiras e sem sinal de defeito.
O avião caiu na segunda-feira passada (12) sobre uma área residencial, matando pelo menos 262 pessoas. A análise parcial dos destroços e da gravação de voz da cabine não demonstrou falha dos motores nem um ato criminoso.
Outra possibilidade considerada pelas autoridades é a de que um pássaro tenha sido sugado para dentro da turbina. Somente a análise da caixa-preta da aeronave, encontrada ontem, irá revelar qual a causa do acidente.
Os investigadores se concentram agora no estabilizador vertical do avião, encontrado no mar, a quase um quilômetro do local da queda. O estabilizador fica na cauda do avião e o mantém voando em linha reta. A análise desta parte da fuselagem busca por sinais de corrosão ou algum outro problema.
Os outros mecanismos de controle -os ailerons (leme de inclinação lateral), por exemplo- caíram junto com o Airbus.
O Departamento Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) informou que a gravação da cabine registra o som de dois trancos no avião antes de o piloto perder o controle, pouco depois de decolar do aeroporto John F. Kennedy com destino à República Dominicana.
Entre esses dois ruídos, o piloto comenta que tem outro avião à sua frente -um Boeing da JAL que decolou dois minutos e meio antes. É possível que a turbulência desse avião tenha causado danos estruturais ao Airbus.
O NTSB não informou a que distância os dois aviões estavam, mas especialistas dizem que eles deveriam estar a uma distância segura. A recomendação é manter, pelo menos, 6,5 km de distância.
A queda do avião provocou um incêndio em cerca de dez casas no bairro de Rockaway, um subúrbio de classe média perto da praia, no Queens (em Nova York).
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