Cuba acusa EUA pela morte de 30 imigrantes
da Reuters, em HavanaO governo cubano acusou ontem a política de imigração dos Estados Unidos pelo naufrágio que teria matado 30 cubanos em um dos piores acidentes deste tipo a envolver imigrantes ilegais da ilha caribenha.
Em um breve comunicado divulgado pela TV do país, o governo declarou que o recente, "grave e doloroso" acontecimento no estreito da Flórida (estado do sudeste norte-americano) era "consequência da Lei de Ajustamento Cubano, uma lei homicida".
![](http://www.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-cuba.gif)
"Estamos reunindo algumas informações para fornecermos a nosso povo sobre mais este crime estimulado pela absurda política dos EUA em relação a Cuba", afirmou o comunicado, anunciando que um programa especial sobre o assunto seria levado ao ar amanhã.
Ontem, a Guarda Costeira norte-americana suspendeu as buscas por sobreviventes do naufrágio ocorrido no estreito da Flórida, desistindo tentar procurar algum dos 30 cubanos, entre os quais 12 crianças, que se encontravam a bordo.
Os imigrantes partiram do oeste da ilha caribenha na noite de sexta-feira (16) e não conseguiram chegar à Flórida no sábado (17), como previsto.
Na terça-feira (20), a Guarda Costeira encontrou o que se acredita ser a embarcação dos imigrantes, um barco de dez metros de comprimento.
Segundo o governo cubano, além da Lei de Ajustamento Cubano, o "canto da sereia" do capitalismo e as dificuldades econômicas enfrentadas pela ilha devido ao embargo imposto pelos EUA também motivam os moradores do país comunista a tentarem a travessia.