Cúpula Ibero-americana tem foco na Argentina e no terrorismo
da ReutersOs líderes da América Latina, Espanha e Portugal encerraram hoje, no Peru, a Cúpula Ibero-americana com a atenção voltada para a crise econômica internacional e sua repercussão na região.
Na sessão inaugural de ontem, os chefes de Estado e governo escutaram do anfitrião, o presidente peruano Alejandro Toledo, declarações contra o terrorismo, tema que será parte de um discurso de encerramento ao final do evento.
Sem embargo, outra preocupação pode roubar a atenção dos líderes: a crise da Argentina, imersa na permuta de parte de seus US$ 132 bilhões de dívida para não cair em moratória.
Os presidentes da Argentina, Fernando De la Rúa; do Brasil, Fernando Henrique Cardoso; do México, Vicente Fox; e do Chile, Ricardo Lagos, se reuniram na manhã de hoje para tratar do tema, segundo disseram fontes diplomáticas.
Toledo antecipou que no encontro final da cúpula será pedido aos mandatários um respaldo público à administração de De la Rúa.
"Teremos um encerramento entre os chefes de Estado", disse Toledo na abertura da cúpula, que este ano não conta com a presença do presidente cubano Fidel Castro, que decidiu ficar em Havana para liderar a reconstrução do país depois dos estragos causados pelo furacão Michelle.
A luta contra o terrorismo e a crise econômica mundial também ocuparão a agenda dos presidentes, no momento em que os Estados Unidos encabeça uma campanha contra o Afeganistão em busca do militante saudita Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados de 11 de setembro.
Antes da jornada inaugural, os presidentes da Comunidade Andina: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, aproveitaram para se reunir a fim de discutir a impulsão da integração comercial dessa região.
Haverá ainda um encontro bilateral do presidente boliviano, Jorge Quiroga, com sua contraparte, o chileno Ricardo Lagos, para analisar, entre outros temas, um projeto sobre o eventual uso de portos chilenos para futuras exportações de gás boliviano pelo Pacífico.
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