Zélia Gattai disputa nesta 6ª feira vaga de Jorge Amado na ABL
da Reuters, no RioAcontece nesta sexta-feira a eleição da ABL (Academia Brasileira de Letras) para a cadeira 23, que pertenceu durante 40 anos ao escritor baiano Jorge Amado, morto em agosto.
Onze candidatos disputam a vaga - que também já foi ocupada por Machado de Assis e da qual José de Alencar foi patrono -, entre eles a viúva do escritor, a autora Zélia Gattai.
A vitória de Zélia é tida como certa por alguns imortais, que se esforçaram por convencê-la a anunciar sua candidatura dias após a morte do marido.
Além de Zélia, concorrem à vaga: Joel da Silveira, Ieda Otaviano, Waldemar Claudio dos Santos, Marcelo Henrique, Diógenes Magalhães, Rachel da Gama Sampaio, Eliane Ganem, Elias Antunes, Cid Paulo Ferreira e Fernão Avelino.
"Entrei para quebrar o serviço dela. Sou totalmente contra o lobby que está sendo feito na ABL em torno de Zélia", disse Silveira à época do anúncio de sua candidatura, ao final de agosto, se rebelando contra a "herança" da vaga pela viúva.
Apesar de ainda constar na lista de postulantes da ABL, o colunista social Jeff Thomaz desistiu da disputa. "Não posso ficar com a imagem de derrotado, pois é certa a vitória de Zélia Gattai", disse ele nesta quinta-feira.
Logo após a morte do escritor Jorge Amado, o autor Paulo Coelho e o humorista Jô Soares expressaram suas intenções de disputar a cadeira 23, mas acabaram abrindo mão de suas candidaturas em simpatia ao anúncio de Zélia.
"Como presidente da casa, não posso fazer comentários sobre esse ou aquele candidato. Todos têm condições, já que são brasileiros e possuem pelo menos um livro publicado", disse Tarcísio Padilha, atual presidente da academia, recentemente.
"Os maiores pensadores do país fizeram ou fazem parte do quadro dos imortais. Por isso, sempre foi muito acirrada a disputa por uma cadeira na ABL", acrescentou ele.
Caso seja eleita, ela será a quarta mulher a ocupar uma vaga na ABL ao lado de Rachel de Queiroz, Lygia Fagundes Telles e Nélida Piñon.
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