Reuters
11/12/2001 - 12h32

Setor de tecnologia aposta em mercado de ciências biológicas

da Reuters, em Toronto

As maiores fabricantes de computadores do mundo, que atualmente sofrem com a queda na demanda, estão apostando na necessidade de processamento de enormes quantidades de dados nas pesquisas de biotecnologia, que podem criar um mercado bilionário na próxima década. A IBM, por exemplo, acredita que o setor de ciências biológicas pode valer US$ 30 bilhões já em 2004.

Depois do mapeamento do genoma humano, uma nova —e muito mais ampla— fronteira foi avistada: a compreensão de como a interação das proteínas é capaz de provocar doenças ou manter o corpo saudável.

O estudo das proteínas é bem mais complexo do que o mapeamento do genoma humano porque essas proteínas tridimensionais estão sempre se alterando e interagindo com o ambiente e com drogas ministradas no organismo, segundo Frank Gleeson, presidente da empresa canadense MDS Proteomics, uma das várias companhias que formaram alianças com a IBM.

Outras grandes empresas de hardware e software também estão fechando suas parcerias. A Myriad Genetics trabalha com a Hitachi e com a Oracle, enquanto a Oxford GlycoSciences desenvolve estudos em parceria com o grupo de telecomunicações Marconi. Também a Compaq participa do setor em parceria com o projeto Celera Genomics.

"Sentimos que esse será um mercado muito importante para nós em curto e médio prazos", afirmou Ty Rabe, diretor da divisão de computação de alta performance da Compaq.

Segundo Rabe, em cinco anos, o mercado de ciências biológicas representará uma fonte bilionária de faturamento para a Compaq, partindo de algumas centenas de milhões de dólares atualmente.

Os laboratórios médicos já em 2001 confiaram menos nas experiências "in vitro" para privilegiar os experimentos chamados de "in silico", que usam os computadores —cujos componentes são feitos de silício— para simular reações químicas em organismos vivos.

Os supercomputadores não só darão as ferramentas necessárias para analisar o comportamento das proteínas, como ajudarão a desenvolver novas drogas, químicos, alimentos e outras aplicações científicas.

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