Hizbollah exige que EUA comprovem acusação de terrorismo
da Reuters, em Beirute (Líbano)O chefe do grupo libanês Hizbollah (grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano) exigiu que os EUA apresentem provas para sustentar suas acusações de que a organização forma uma rede terrorista de dimensões mundiais.
O xeque Hassan Nasrallah, líder do Hizbollah, respondia a declarações dadas nesta semana pelo embaixador norte-americano no Líbano. O embaixador disse que o Hizbollah equipa e treina células "terroristas" e que o grupo, além de atacar soldados israelenses em áreas fronteiriças sob disputa, é ativo no exterior.
O governo dos EUA também acredita que o Hizbollah é o responsável pelo atentado suicida de 1983 contra as instalações de fuzileiros norte-americanos em Beirute (capital), em uma ação que deixou 241 mortos.
Os norte-americanos querem que o Líbano congele os bens do grupo como contribuição para o que chamam de campanha antiterror, detonada pelos ataques contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, em 11 de setembro.
Em um comunicado lido na noite de ontem, Nasrallah exigiu que o governo dos EUA "apresente informações e provas do que diz, porque não basta apenas fazer acusações".
O Líbano, que já disse que não atenderia ao pedido de congelamento dos bens do Hizbollah, argumenta que a organização é um grupo de resistência legítimo e cita a atuação dele nos esforços para expulsar Israel do sul do território libanês depois de 22 anos de ocupação.
Acredita-se que a capacidade de atuação militar do Hizbollah seja limitada e que o grupo concentra suas energias em atividades civis de apoio aos empobrecidos muçulmanos xiitas do Líbano.
O grupo também integra o espectro político do país e possui uma bancada de deputados no Parlamento.
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