Reuters
12/12/2001 - 16h58

Jordânia diz que ativista dos EUA tem ligações com Bin Laden

da Reuters, em Amã (Jordânia)

O procurador-geral militar da Jordânia pediu hoje que uma corte de segurança do país condene um ativista nascido nos EUA, argumentando haver provas de que ele tenha planejado ataques contra alvos norte-americanos sob ordens da rede Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden.

O procurador-geral, Mahamoud Obeidat, afirmou, em suas argumentações finais no julgamento de Raed Hijazi, que todas as provas apresentadas contra o réu durante o processo de oito meses o apontavam como culpado.

O réu, de 33 anos nascido na Califórnia, foi acusado no ano passado, junto com outras 27 pessoas, de planejar ataques contra alvos norte-americanos e israelenses durante as celebrações do início do milênio.

Ele foi julgado à revelia e condenado à morte. Sua pena, depois, foi comutada pela de prisão perpétua.

As leis jordanianas exigem que o réu condenado à revelia seja julgado novamente caso seja capturado. A Síria extraditou Hijazi para a Jordânia quase um ano atrás e o novo julgamento dele começou em maio. O acusado afirma ser inocente.

Dois outros réus no caso continuam soltos _Ahmad Al Khalialah, que, segundo a promotoria, encontra-se no Afeganistão, e Louay Al Sakkah, um sírio que estaria na Alemanha.

Obeidat afirmou que Hijazi e seus dois cúmplices planejavam usar mais de 16 toneladas de explosivos escondidas em uma casa a fim de causar o maior número possível de mortes na Jordânia.

A defesa alega que as confissões feitas pelo réu foram obtidas mediante tortura, o que a acusação nega. O veredicto do julgamento deve ser divulgado no próximo mês.

Leia mais:
  • Saiba tudo sobre a guerra no Afeganistão

  • Conheça as armas dos EUA

  • Conheça a história do Afeganistão

  •  

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca