Índia diz que precisa de tempo para responder a ataque suicida
da Reuters, em Nova DéliA Índia, que prometeu liquidar o terrorismo depois de um sangrento ataque suicida ao seu Parlamento, afirmou hoje que precisava de mais tempo para decidir qual será a resposta.
"Dêem algum tempo para o governo", disse o primeiro-ministro Atal Behari Vajpayee aos repórteres durante uma visita ao local onde seis seguranças morreram ontem defendendo o Parlamento de um pelotão de cinco homens suicidas, armados com fuzis, granadas e bombas.
Ao ser questionado se Nova Déli iria lançar uma ofensiva contra separatistas muçulmanos acusados pelo governo indiano de operar a partir do Paquistão e da área da Caxemira controlada pelos paquistaneses, ele afirmou: "Não posso responder essa pergunta".
A Índia acusa o Paquistão de financiar os guerrilheiros que combatem o governo indiano na Caxemira, uma acusação negada por Islamabad.
Qualquer tensão um pouco maior na área da Caxemira controlada pelo Paquistão traz à tona o risco de um conflito entre os dois rivais nucleares, que travaram duas de suas três guerras por causa da região, que fica no Himalaia.
Esperava-se que Vajpayee ou um de seus ministros fizessem um pronunciamento no Parlamento, mas as duas instâncias da Casa adiaram o discurso até terça-feira, depois de observarem um breve silêncio em homenagem às vítimas.
Vajpayee prometeu eliminar o terrorismo depois do ataque de ontem "no coração do poder da maior democracia mundial". Todos os cinco agressores morreram, além dos seis seguranças e de um jardineiro.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
O ministro de Assuntos Parlamentares, Pramod Mahajan, disse que militantes baseados no Paquistão podem ter perpetrado o ataque, inédito, mas advertiu que era muito cedo para afirmar isso.
Ao ser questionado, na emissora de televisão Star News, se esses grupos eram os responsáveis, ele disse: "Talvez. Todos nós sabemos que o terrorismo neste país tem sido financiado pelo nosso vizinho".
"Isso não é para ser determinado agora, trata-se apenas de especulação."
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