Reuters
21/12/2001 - 17h15

Jihad Islâmica se nega a interromper ataques suicidas

da Reuters, em Beirute

O grupo extremista Jihad Islâmica prometeu hoje continuar a promover ataques suicidas em Israel apesar de uma declaração do grupo islâmico Hamas de que iria parar com os ataques.

"Nossa posição é de continuar. Não temos outra escolha. Não queremos negociar", disse Abu Imad Al-Rifai, representante da Jihad no Líbano.

"Nosso confronto com o inimigo não está limitado a uma área geográfica", disse Rifai quando questionado sobre a continuidade dos ataques a cidades israelenses.

O Hamas, o maior dos dois grupos militantes que se opõem à existência de Israel, anunciou hoje que estava interrompendo os ataques suicidas dentro do território israelense depois de ter sido pressionado pelo líder palestino, Iasser Arafat.

Autoridades israelenses disseram porém que a decisão do Hamas não é confiável.

Osama Hamdan, representante do Hamas no Líbano, disse que a decisão havia sido tomada para evitar mais confrontos entre o seu grupo e a Autoridade Palestina, que fechou os escritórios do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza e na Cisjordânia. "Não aceitamos o derramamento de sangue palestino", disse Hamdan.

Os palestinos têm lutado entre si em relação ao direcionamento de sua luta, que perdeu apoio internacional depois do aumento de ataques suicidas em Israel.

No campo de refugiados de Jabaliya, em Gaza, militantes do Hamas e da Jihad islâmica trocaram tiros com a polícia palestina hoje, deixando dois palestinos mortos e 55 feridos.

As duas facções dizem estar tentando se vingar de um Exército de ocupação que assassina civis palestinos impunemente.

"Mudamos de tática para acomodar os interesses do povo palestino e a natureza do campo de batalha. Mas a resistência continua", disse Hamdan.

Leia mais no especial Oriente Médio

 

FolhaShop

Digite produto
ou marca